Lamento, mas a maternidade é uma merda
Não é pelo bebé em si que sinto que a maternidade é uma merda.
Na verdade, é o bebé que me mantém à tona.
É tudo o que vem daí.
Eu já sabia que ia ser difícil.
Já sabia que ia ser duro
Já sabia que me ia sentir sozinha.
Já sabia que não ia dormir.
Já sabia que não iria haver descanso.
Mas não esperava que fosse desta maneira.
De facto, até estava à espera que fosse o inverso de tudo o que disse anteriormente.
É, a esperança é a última a morrer.
E depois da esperança vem o quê?
Dias cheios de rotinas, sempre iguais.
Quando não são iguais, são igualmente dramáticos porque não sei como se irá repercutir na noite.
Sozinha de dia.
Sozinha de noite.
Se quero companhia tenho de fazer por isso.
Sei que assim é. Sei que é assim que tem de ser. Se eu quero, sou eu que mudo.
Mas sabia bem um esforço da outra parte.
O pior da maternidade é a solidão mesmo acompanhada.
O outro até pode fazer alguma coisa mas parece que não é suficiente.
Ajuda, apoio, companhia são os mínimos indispensáveis.
Não estava à espera disso.
Talvez esteja a ser injusta ou talvez não.
Escrever faz-me mal.
Ou talvez me faça ver.
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