Parto - parte 1

Este texto vai ser dividido em algumas partes.
(Se bem que na verdade vamos ver onde vai dar).
Esta parte consiste num relato não tão pessoal, mais factual.
A parte seguinte será sobre o que queria, o que deveria ter feito.

Há 7 meses e meio que ando a remoer o que devia ou não devia ter feito naquele dia.

Eu sei, já nada pode ser feito, já nada pode ser mudado mas tenho esperança que ao vomitar tudo o que está entalado na garganta, tudo o que digo (e disse) verbalmente sobre o que devia ou não fazer, tenho esperança, como dizia, de me libertar destes pensamentos intermináveis que me travam, que me bloqueiam.

Tenho esperança também de libertar o meu bebé do "trauma" que teve.
Escrevo com aspas porque não sei verdadeiramente se foi um trauma ou não para ele.
Acredito que sim porque sempre que dispo ou visto uma camisola mais apertada e que tenha de passar pela cabeça é sempre um drama.
Dá a sensação que deixa de ver, deixa de respirar.

Deve ser assim com todos os bebés, mas eu só tenho este e para mim ele é único e só ele é que faz determinadas coisas.

O que não corresponde minimamente à realidade porque aqui há dias fui a um encontro de mães que amamentam e reparei que muitas das coisas que o meu bebé faz, outros bebés o fazem.

Mas é o que é. É a minha experiência, para mim é única e não vou desvalorizar (novamente).

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